segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Vexame italiano

Faltou à Itália o que sobrou à Suécia (e para Portugal ano passado e à Alemanha em 2014): conjunto.

Os suecos não têm um grande craque ou aquele jogador que resolve partidas, pelo menos enquanto Ibra não voltar. Mas se defendeu muito bem e soube assustar os italianos em alguns momentos.

A Itália também não tem esse jogador, porém não colocou em campo seus melhores jogadores, qualquer que seja a razão. El Shaarawy vive ótimo momento, poderia ter sido titular ao lado de Immobile. Insigne não pode ser reserva. De Rossi não tem mais aquela bola para ser titular. Jorginho e Eder poderiam dar mais qualidade no meio de campo. E Giovinco, coitado, deita e rola na MLS, mas sequer é testado.

E é emblemático que, no mesmo ano que Totti e Pirlo se aposentaram, a Azzurra não se classificou para uma Copa do Mundo. Pior: apresentando um péssimo futebol.


Uma seleção tetracampeã merecia tudo melhor: técnico, desempenho e resultados. Fica para 2022.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Gerrard, Schweinie e o flop


 Após uma temporada no Galaxy, Steven Gerrard anunciou sua saída do time de Los Angeles. Foram 27 partidas, 5 gols e 11 assistências. O time alcançou os playoffs da MLS, mas foram eliminados, nos pênaltis. Entre os que perderam estavam o próprio Gerrard e Ashley Cole, outro astro inglês.
Do outro lado do atlântico, na fria e cinzenta Manchester (adjetivos que li,  mais de uma vez, em publicações sobre a cidade), Bastian Schweinsteiger amarga a reserva do United, onde chegou há dois anos, após ser um dos destaques do quarto título mundial da Alemanha e ser apontado como referência na posição de volante.

Veja só, Bastian é um alvo em potencial do LA Galaxy para reforçar o time na próxima temporada. Um possível substituo de Gerrard em termos de mídia e talento.

Eu vejo muitas semelhanças entre esses dois casos. Ambos, prioritariamente psicológicos. Ambos conquistaram muitos títulos, dinheiro e prestígio. Ambos nasceram e jogaram por apenas um clube em mais da metade da vida. De repente, mudaram de casa, de país, de times e foram pressionados a desempenhar o futebol que os consagraram.

Detalhe: após os 30. Gerrard tem 36, Schweinsteiger tem 32.

O que eles viveram, já maduros, os jogadores sul-americanos vivem com metade da idade. Gerrard saiu de Liverpool, fria, chuvosa e inglesa. Nasceu lá, tem raízes no clube (seu primo foi morto em Highburry). Foi morar em uma cidade litorânea, ensolarada, quente e que respira status, mídia e culto a celebridades. Detalhe: Steven é avesso a badalações. Será que é por isso que Beckham deu certo?

Bastian viveu algo parecido, mas em proporções menores. O clima de Munique não é tão diferente do de Manchester. Casou-se com Ana Ivanovic, mas seu futebol jamais foi o mesmo. Anunciou aposentadoria da seleção alemã após a Euro.

No linguajar moderno do futebol, ambos foram para os clubes novos “sem fome”. E nada de anormal nisso. Como disse acima, já estavam ricos e famosos pelas proezas que conquistaram (e não foram poucas).


Mas nem por isso deixam de ser flops, ou decepções. 

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Ponte Preta x Fort Launderdale Strikers - Eu Fui!



Partidas internacionais são o que há de melhor no futebol. Não importa se é um amistoso ou a final do Mundial (de clubes ou seleções, não importa). Estive no amistoso entre Ponte Preta e Fort Launderdale Strikers. Paguei 40 reais no ingresso. Não me arrependi nem um pouco. Foi como ver, ao vivo, algo que só seria possível jogando videogame.

Semanas antes a Ponte já havia jogado contra o Orlando City. Perdeu por 3 a 2, mas o jogo foi bastante movimentado. Desta vez a história foi diferente. Como a diferença entre os times era grande, o primeiro tempo foi dos titulares, o segundo dos reservas (acredito que, por contrato, as principais estrelam devessem jogar pelo menos um tempo).

Pois bem, a Macaca, indo bem no Brasileiro, jogou realmente uma partida amistosa. Tirou o pé do acelerador em determinados momentos da partida. O adversário estadunidense não oferecia perigo. Eu até assustava quando um jogador dava uma arrancada, batia um medo de haver alguma contusão (muscular, diga-se, pois houve pouco contato entre os jogadores).

A Ponte criava jogadas a torto e a direito. Porém, só no final do primeiro tempo saiu o gol. Ótimo passe de Diego Oliveira com cavadinha, excelente finalização do Renato Cajá.

Para mim, o melhor ficou para o segundo tempo. Desci da arquibancada para ver o jogo no alambrado, algo que sempre quis mas nunca tinha feito. E, bem, foi um show do time reserva da Ponte. Adrianinho, reserva de Cajá e totalmente livre de marcação, criava uma jogada atrás da outra, sempre deixando Borges ou Leandrinho na cara do gol.

Foi ali que vi um pouco da tática do jogo, como o Strikers não tinha um volante cão de guarda, não fez uma marcação homem a homem no principal articulador do adversário e como era facilmente envolvido pelo toque de bola dos pontepretanos.

Ao mesmo tempo, a movimentação de Adrianinho era interessante: sem a bola, ele recuava pouco, ficando atrás apenas do centroavante. A posição era óbvia – assim que recebesse a bola, jogava no vazio para os jogadores das laterais (quase pontas) usarem a velocidade. Quando a Ponte tinha a bola, ele ficava bem recuado, quase junto ao primeiro volante, para receber e distribuir a bola. No final, coroou a boa partida com um gol, após ter dado duas assistências. Final de jogo, 4 a 0 para a Ponte Preta.

Torcida adversária?
Um ponto chamava a atenção. Os Strikers tinha uma torcida, que ficou na área da torcida visitante. Tinham instrumentos de percussão e gritavam “Striiiiiiikers” à brasileira. Amigos relataram ter visto seis ônibus dos visitantes, e a conclusão geral era de que alguém pagou pela presença deles. Se isso é verdade, não sei.

Outro ponto negativo foi a pouca presença da torcida mandante. Menos de quatro mil pessoas no estádio. Dois fatores contribuíram para isso: um adversário sem qualquer expressão e o valor do ingresso. Para uma tarde fria de sábado, muitos optaram por ficar em casa.

De um modo geral, foi um evento divertido. As pessoas disputando os brindes, as zoações com o time adversário (a cada chute para o alto, sobravam comparações com o futebol americano), o intervalo interativo, um futebol descompromissado, diferente daquele que valem três pontos.

Vale lembrar que não foi o primeiro amistoso internacional que assisti. Anos atrás a Ponte jogou contra o Olimpique de Beirute (!). Jogou com time júnior e perdeu (!!). Que venham outros amistosos como esse, de preferência contra times maiores e melhores.






quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

E o Football Manager?

Fui campeão português jogando o Football Manager. Usei o Sporting, e foi minha primeira temporada.

Mas engana-se quem pensa que nasci sabendo (risos). Antes, treinei por algumas temporadas o Rio Branco-AC, Bragantino, Icasa, entre outros. Foi com esses times que aprendi a jogar o jogo.

Igual à vida, foi apanhando que aprendi como jogar. E a coroação foi o título português e a vaga na fase de grupos da Liga dos Campeões, junto com Manchester United, Galatasaray e Anderlech.

Atualizando: Passei da primeira fase da Liga dos Campeões. Fiquei em segundo no grupo, com a mesma pontuação do Manchester United, que ficou em primeiro pelo saldo de gols (eles me golearam no Old Trafford). O adversário nas oitavas é o Valencia. Primeiro jogo: vitória por 3 a 1 em casa. Só que agora, a porcaria começou a travar, basta começar a partida que ele simplesmente sai do jogo. Acho que vou ter que instalar novamente o jogo. Uma pena.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

E a Seleção Brasileira?

Sei que não é um comentário factual. Mas vou dizê-lo do mesmo jeito.

Ricardo Goulart foi para a China. Diego Tardelli também. Everton Ribeiro para os Emirados Árabes Unidos.

Pode-se dizer que os ex-jogadores do Cruzeiro eram o futuro da Seleção Brasileira. Já Tardelli era uma grande esperança, já que, quando convocado, correspondeu.

Ao mesmo tempo, Jefferson permaneceu no Botafogo após o rebaixamento. Atitude louvável, diga-se, digna de alguém com raízes dentro do clube.

Mas, a questão é: como fica o escrete canarinho? Qual o nível de competitividade dos jogadores que estão defendendo-o?

Dessa forma, dependemos cada vez mais da geração que jogou a Copa ano passado. Geração formada por talentos, diga-se. Neymar, Oscar, Thiago Silva, David Luiz, entre outros, não são jogadores dispensáveis. Mas com certeza treinariam com mais afinco e se dedicariam mais à Seleção, já que teriam como concorrentes jogadores de nível técnico elevado.

Enfim, acho que o time da Copa de 2018 será forte. Provavelmente, será a base de 2014, só que mais madura (e com sangue nos olhos para a apagar o 7 x 1). Só que o caminho será mais árduo.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Sobre Shakhtar e Bayern

Para mim, o resultado do jogo entre Shakhtar e Bayern foi excelente. Mesmo o jogo sendo ruim, com poucos lances de perigo, foi bom ver o todo-poderoso de Munique levando umas porradas (algumas, literalmente).

Explico: sou fã do futebol praticado pelos times de Guardiola. Mas eles são tão bons, mas tão bons, que fica chato. Ganha de todo mundo, e de goleada. Por isso, quando perde ou tem dificuldades durante a partida, dá a impressão de que caíram ao mundo real. O futebol que jogam é coisa de outro mundo.

Foi bom ver Muller, Schweinstieger, Gotze etc tendo dificuldades em jogar. Ribery e Robben foram muito bem marcados também.

Por outro lado, destaco a marcação feita por atacantes brasileiros, como Douglas Costa e Alex Teixeira. Méritos do técnico do clube ucraniano. Nenhum treinador brasileiro conseguiria tal proeza.

Agora, a cereja do bolo seria, somente, se o Shakhtar eliminar o atual campeão alemão. Outro resultado seria mais do mesmo

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Melhores de 2014

Eis, para mim, os momentos mais marcantes no futebol nesse ano que se encerrou.

Atlético de Madri campeão espanhol – cá entre nós, foi uma campanha infinitamente superior às expectativas. Os caras foram guerreiros. Em muitos momentos, eu achava que o time ia cair de produtividade, tanto técnica quanto fisicamente. E não caíram. Chegaram à final da Liga dos Campeões e levaram a taça espanhola.

Ituano campeão paulista – quem apostou no time do interior (ou seja, ninguém) deve ter levado uma bolada. É sempre bom ver a democracia no futebol. Afasta os rumores de manipulação de resultados (embora ninguém é tonto de duvidar da existência deles). Por conta desse resultado, nenhum grande paulista foi campeão em 2014. Isso não ocorria desde 1925.

Crescimento do futebol catarinense – Avaí, Figueirense, Joinville, Chapecoense e Criciúma (este, embora rebaixado, jogou a Série A, o que não é pouca coisa) honraram o Estado de Santa Catarina perante o resto do Brasil. Palmas para a organização e planejamento, pois os times não têm craques e estrelas.

Allianz Parque, Arena Corinthians, Beira-Rio e Arena Grêmio – Duas duplas de grande rivalidade inauguraram e utilizaram seus estádios novinhos em folha em 2014 (com exceção do Grêmio, que inaugurou em 2012). É lindo ver o futebol brasileiro sendo jogado em arenas de primeiro mundo. Festa dos times e suas respectivas torcidas.

Benfica soberano em Portugal – Na temporada que se encerrou em maio de 2014, o Benfica foi campeão de todos os campeonatos nacionais que disputou. Foram eles: Campeonato Português, Taça de Portugal (vencendo o Rio Ave na final), Taça da Liga (ao bater o mesmo Rio Ave) e Super Taça Cândido de Oliveira, ao vencer, adivinhem, o Rio Ave na final. Esse último já é referente à temporada 2014/2015, mas como estamos falando do ano de 2014, está valendo. Parabéns aos encarnados.

Copa do Mundo e Mundial de Clubes (este, para mim, o melhor torneio do planeta) são hour-concours.