sábado, 26 de janeiro de 2013

Balanço do Brasileirão 2012


Acabou! Para uns, até que enfim. Para outros, infelizmente. Mas o Campeonato Brasileiro de 2012 acabou e deixou lições para todos, sejam eles gestores, técnicos, jogadores e até mesmo torcedores.

Deixou, inclusive, um alerta para esse blogueiro. Eu que sempre fui contra times montados, esquadrões cheios de craques consagrados, e tinha como time dos meus sonhos uma mescla de pratas da casa com jogadores experientes, caí do cavalo. Cravei que o Atlético-MG cairia. E o galo foi vice-campeão, uma campanha excelente.

A lição que fica é que times recheados de jogadores famosos podem sim fazer boas campanhas. Mas para isso precisam de tempo e entrosamento. O Fluminense foi campeão em 2010, mas não mudou radicalmente o elenco em 2011 e 2012. O fez aos poucos, vendia aqui e comprava ali, fazendo assim com que os jogadores se conhecessem.

No caso do Atlético-MG, somente na terceira temporada na gestão de Alexandre Kalil é que o time fez boa campanha. Ter um craque voltando a jogar bem e uma revelação cheia de talento e fome de bola contribuiu também para o sucesso da equipe.

Parêntese. Até o Chelsea se encaixa nesse quesito. Apenas nove anos depois do começo da Era Abramovich é que o clube inglês conquistou a tão sonhada Liga dos Campeões. Fecha parêntese.

O São Paulo foi o melhor clube paulista e ainda tem chance de ser campeão da Copa Sul-Americana. Para mim, o grande trunfo do tricolor paulista está no banco. Ney Franco sabe como poucos montar um time. Claro que ter um elenco muito bom ajuda, e muito. Mas no passado ele provou que consegue tirar o melhor de seus jogadores.

O Corinthians mostrou que tem um dos melhores times do Brasil. Sem nem dar bola para o Campeonato Brasileiro, por já estar classificado para a Libertadores-2013 com a cabeça no Mundial de Clubes, o time ainda ficou na sexta posição. Not bad.

Já o Santos e o Palmeiras foram decepcionantes. O Peixe provou para todo mundo que depende única e exclusivamente do Neymar para ganhar alguma coisa. Já o Palmeiras... bom, cair para segundona já diz tudo, não?

No mais, o Brasileirão foi excelente. Tomara que os próximos sejam ainda melhores. Mas, para ficar perfeito mesmo, só voltando o mata-mata.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Caiu, levanta!


Eu me lembro de quando lia a revista Placar, que tinha entre os colunistas o ex-jogador Paulo Roberto Falcão. De todos os textos que ele escreveu, uma frase ficou para sempre: o diferencial de uma equipe sempre será a qualidade do jogador.

Talento, a maioria dos jogadores que disputam a Série A do Brasileirão pode dizer que possui. Uns mais, outros menos. Fatores como comprometimento, experiência, ritmo de jogo, condição física e foco na partida determinam o desempenho de cada atleta dentro das quatro linhas.

O que aconteceu com o Palmeiras foi uma combinação de erros. A diretoria usou do método “funcionou uma vez, vai funcionar de novo” na hora das contratações. E trouxe de volta Valdívia, Kleber (que depois foi embora), Correa, Obina, Leandro, Henrique. Bons jogadores, mas longe da qualidade das contratações que fez o Fluminense, por exemplo, que trouxe Deco, Thiago Neves, Wagner e Fred ao longo dos anos.

Convenhamos que jogadores que deram certo quatro anos atrás poderiam contribuir mais com a experiência do que com raça, vontade e determinação. Isso porque já estão com a vida feita, não precisam mais correr atrás do prato de comida.

E se estão experientes, deveriam ter jovens a quem ensinar. Atletas da base, como João Denoni e Patrick Vieira (homônimo do volante francês), têm talento e conquistaram títulos nas divisões inferiores, mas foram pouco aproveitados por Felipão. Tiveram algumas chances com Gilson Kleina, mas já era tarde.

Com pouco dinheiro em caixa, jogadores encostados foram prioridade nas contratações, caso dos zagueiros Thiago Heleno e Leandro Amaro, além de Daniel Carvalho. Apostas com baixo custo também chegaram, como Pedro Carmona, Thiago Real e Betinho.

Ou seja, o Palmeiras foi rebaixado mesmo dentro de campo. Eram necessários pelo menos mais três jogadores do quilate de Barcos e Marcos Assunção. Faltou tudo, sobretudo talento. Que em 2013 a diretoria repita a fórmula usada dez anos atrás, quando revelou Vagner Love, Alceu, Diego Souza (homônimo do ex-jogador do Vasco) e Cavalieri, e traga o Verdão de volta à elite do futebol brasileiro.

PS: O título desse post copia um tweet do jornalista Leonardo Bertozzi.