sexta-feira, 25 de junho de 2010

Classificados




Fim de primeira fase. A seleção de Portugal deixa as inseguranças para trás e se classifica para as oitavas de final, em segundo lugar.

Era consenso entre os comentaristas que a seleção portuguesa ia disputar a segunda vaga com Costa do Marfim. Só não contava que o duelo seria mais fácil a favor dos europeus. No primeiro jogo, um empate sem gols com uma boa atuação portuguesa deixava o duelo aberto. Na segunda rodada, vitória do Brasil sobre os africanos e um rolo compressor português em cima de nortecoreanos praticamente definiram os países irmãos  como classificados.

Como aspectos positivos Portugal mostrou a defesa (nenhum gol sofrido em três jogos), as surpresas Tiago e Fábio Coentrão e uma organização tática impecável, fruto da evolução do comando de Carlos Queiroz (principalmente após a derrota por 6 a 2 para o Brasil no final de 2008).

Como negativo, o ataque. Ok, o time marcou sete na Coreia do Norte, mas contra times bem armados e com maior qualidade, não balançou as redes. Há de se treinar este aspecto.

Confira o relato da imprensa portuguesa sobre o jogo de hoje.


Portugal e Brasil empatam (0-0) e carimbam passagem aos oitavos
Por Redacção

Portugal e Brasil empataram esta tarde (0-0) num jogo que confirmou o apuramento da Selecção Nacional para os oitavos-de-final e a liderança do Brasil no grupo.

Recorde aqui as incidências da partida.


Carlos Queiroz surpreendeu com a inclusão de Ricardo Costa, Pepe e Danny no onze, e a verdade é que a aposta não serviu para dar espectáculo, mas foi suficiente para conter o ataque brasileiro.

A estratégia portuguesa para a partida passou pela contenção durante a primeira parte. Afinal, a equipa de Queiroz partiu para a última jornada do grupo com nove golos de avanço sobre a Costa do Marfim, o que lhe possibilitava perder frente ao Brasil.

Com o 6-2 de há dois anos bem vivo na memória, Queiroz não arriscou. E se Portugal se dedicou a defender nos primeiros 45 minutos, a verdade é que também tentou a sorte no ataque. Ao intervalo as estatísticas eram claras: 63 por cento de posse de bola para o Brasil, 12 remates para os canarinhos e 6 para Portugal.

A melhor ocasião de golo pertenceu a Nilmar, número 21 do Brasil, que rematou para defesa de Eduardo – bola na barra, na sequência da jogada – mas também Tiago fez vibrar os portugueses, com um forte remate perto da baliza, após jogada de ataque de Fábio Coentrão.

Na segunda parte o jogo virou. Portugal acelerou e virou o jogo. Cristiano Ronaldo – hoje a jogar como homem mais adiantado – espalhou o terror com as suas rápidas incrusões ofensivas. Numa delas, Lúcio viu-se aflito para o travar e acabou por cortar para o centro da área, onde Raul Meireles quase marcou o golo que daria a liderança a Portugal. Valeu ao Brasil a defesa atenta de Júlio César.

Face ao que as duas equipas produziram e à inversão de papéis da primeira para a segunda-parte, pode considerar-se justo o empate. Até porque qualquer das equipas poderia ter ganho, mas nenhuma arriscou o suficiente para fazê-lo.

Nota de destaque na equipa portuguesa é o facto de terminar a fase de grupos sem sofrer qualquer golo. Até ver, a Selecção Nacional será o melhor ataque e a melhor defesa da primeira fase do Mundial.

O Brasil passa na primeira posição, Portugal é segundo. A Selecção Nacional joga na Cidade do Cabo, 29 de Junho, às 19.30 horas, com o primeiro classificado do Grupo H, que pode ser Chile, Suíça ou Espanha.

PORTUGAL: Eduardo, Ricardo Costa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves, Fábio Coentrão, Pepe (Pedro Mendes), Raúl Meireles (Miguel Veloso), Tiago, Duda (Simão), Danny, Cristiano Ronaldo

BRASIL: Júlio César, Maicon, Lúcio, Juan, Michel Bastos, Daniel Alves, Gilberto Silva, Felipe Melo (Josué), Júlio Baptista (Ramires), Nilmar, Luís Fabiano (Grafite)

Texto e foto: Jornal A Bola

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