quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Caiu, levanta!


Eu me lembro de quando lia a revista Placar, que tinha entre os colunistas o ex-jogador Paulo Roberto Falcão. De todos os textos que ele escreveu, uma frase ficou para sempre: o diferencial de uma equipe sempre será a qualidade do jogador.

Talento, a maioria dos jogadores que disputam a Série A do Brasileirão pode dizer que possui. Uns mais, outros menos. Fatores como comprometimento, experiência, ritmo de jogo, condição física e foco na partida determinam o desempenho de cada atleta dentro das quatro linhas.

O que aconteceu com o Palmeiras foi uma combinação de erros. A diretoria usou do método “funcionou uma vez, vai funcionar de novo” na hora das contratações. E trouxe de volta Valdívia, Kleber (que depois foi embora), Correa, Obina, Leandro, Henrique. Bons jogadores, mas longe da qualidade das contratações que fez o Fluminense, por exemplo, que trouxe Deco, Thiago Neves, Wagner e Fred ao longo dos anos.

Convenhamos que jogadores que deram certo quatro anos atrás poderiam contribuir mais com a experiência do que com raça, vontade e determinação. Isso porque já estão com a vida feita, não precisam mais correr atrás do prato de comida.

E se estão experientes, deveriam ter jovens a quem ensinar. Atletas da base, como João Denoni e Patrick Vieira (homônimo do volante francês), têm talento e conquistaram títulos nas divisões inferiores, mas foram pouco aproveitados por Felipão. Tiveram algumas chances com Gilson Kleina, mas já era tarde.

Com pouco dinheiro em caixa, jogadores encostados foram prioridade nas contratações, caso dos zagueiros Thiago Heleno e Leandro Amaro, além de Daniel Carvalho. Apostas com baixo custo também chegaram, como Pedro Carmona, Thiago Real e Betinho.

Ou seja, o Palmeiras foi rebaixado mesmo dentro de campo. Eram necessários pelo menos mais três jogadores do quilate de Barcos e Marcos Assunção. Faltou tudo, sobretudo talento. Que em 2013 a diretoria repita a fórmula usada dez anos atrás, quando revelou Vagner Love, Alceu, Diego Souza (homônimo do ex-jogador do Vasco) e Cavalieri, e traga o Verdão de volta à elite do futebol brasileiro.

PS: O título desse post copia um tweet do jornalista Leonardo Bertozzi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário